Hoje preso na Alemanha pelo estupro de uma mulher de 72 anos, Christian Brückner nega as acusações; autoridades acreditam terem provas suficientes para condenação
O Globo – A Justiça de Portugal anunciou o indiciamento de Christian Brückner, principal suspeito pelo desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann, em 2007, em um caso que segue sem solução quase 15 anos depois.
Em nota, a comarca de Faro do Ministério Público destaca que o pedido foi feito em cooperação com as autoridades da Alemanha, onde Brückner está preso pelo estupro de uma cidadã americana de 72 anos em 2005, na Praia da Luz, em Portugal, a mesma onde Madeleine foi vista pela última vez, e por acusações de tráfico de drogas. Ele também será julgado, ainda este ano, por um outro estupro, o de uma mulher de 20 anos, ocorrido em 2004 em Portugal.
Segundo o Jornal de Notícias, de Portugal, o indiciamento era visto como fundamental para o prosseguimento da investigação, já que havia o risco de prescrição do caso, que completa 15 anos no dia 3 do mês que vem.
Desde 2020, Brückner é apontado pelas autoridades alemãs como o principal suspeito pelo desaparecimento de McCann, que tinha três anos quando desapareceu do quarto dos pais. Segundo investigadores, ele viveu em Portugal entre 1995 e 2007, e estaria morando em um trailer perto do local onde a família da menina passava férias. No começo do ano, o jornal britânico The Sun afirmou que novas provas que comprovariam sua culpa foram obtidas por uma equipe que produz documentário sobre o caso, mas não detalhou quais seriam essas evidências.
Em junho do ano passado, em carta divulgada pela mídia alemã, o homem caracterizou a investigação como um “escândalo” e apontou que a polícia está “perseguindo uma pessoa inocente”.
No dia 3 de maio de 2007, Madeleine McCann dormia com seus dois irmãos em um quarto de um resort na Praia da Luz, em Portugal, enquanto seus pais jantavam em um restaurante no mesmo local. Desde então, não há relatos sobre o que aconteceu com a menina, e o desaparecimento levou a uma ampla investigação conduzida por Portugal, Reino Unido e Alemanha, além do surgimento de dezenas de teorias sobre o que teria ocorrido ali.