Funcionários de bares e lanchonetes pararam de atender os clientes por medo após repetidos tumultos na plateia
O vale do Anhangabaú, em São
Folha S Paulo – Menos de uma hora depois de ter subido ao palco, Kevinho disse no microfone que foi orientado pela prefeitura a encerrar a apresentação meia hora antes do previsto, devido às brigas que se multiplicavam e à quantidade de pessoas feridas. “Tem criança, mulher, pai de família”, ele disse. “Eu avisei três vezes.”
Mesmo com o fim do show, um dos principais da Virada Cultural, as brigas e assaltos continuaram, se espalhando para os espaços mais distantes do palco principal.
O viaduto do Chá segue com programação ao longo da Virada, com Larissa Luz cantando ao lado de Rubel e da Orquestra Imperial, entre outros.
Paulo, virou cenário de brigas e assaltos incessantes na noite deste sábado de Virada Cultural. O espaço abrigou o maior palco da programação do centro do evento público deste ano, onde o funkeiro Kevinho se apresentou e teve de encerrar abruptamente seu show devido às confusões que não pararam de pipocar na plateia.
Mesmo antes de ele subir ao palco, a sensação de insegurança nas proximidades do palco Viaduto do Chá era crescente. Funcionários dos bares e das lanchonetes pararam de atender os clientes, relatando medo e tentativas de invasão. A certa altura, parte do público estava espremida nos bares, acuada em meio aos seguidos arrastões.
A apresentação de Kevinho começou pouco depois das 23h, com o cantor pedindo desculpas por problemas técnicos no som. Ele de cara emendou três hits, “Agora É Tudo Meu”, “Terremoto” —esta, parceria com Anitta– e “O Bebê”.
Depois, perguntou quem gosta de suas músicas mais antigas, antes de puxar “Rabiola”, de 2017. Ainda cantou um de seus maiores sucessos, “O Grave Bater”, e sua versão do bregafunk “Amor Falso”, antes de interromper o show, visto por uma multidão abarrotada, pela primeira vez.
“Vocês saíram da casa de vocês para ficar brigando? Vocês têm que dar o exemplo”, ele disse. “Se continuar a briga, eu não vou cantar mais e não vai ter mais evento para vocês. Aqui não é lugar de brigar. É lugar de se divertir e ser feliz.”
Kevinho então cantou “Vai Dar PT”, sucesso de Leo Santana, e voltou a falar sobre as brigas, que não pararam. “Vocês têm que dar o exemplo”, afirmou.
O show continuou, mas as brigas e assaltos só aumentaram, se espalhando por quase todos os espaços à frente do viaduto do Chá. Algumas pessoas desesperadas reclamaram com os bombeiros e funcionários da parte técnica da ausência de policiais no local. Durante todo o show, a reportagem não avistou nem sequer um policial trabalhando para conter as confusões.
Muitas pessoas tentaram pular as grades para se isolar nos espaços destinados aos técnicos de som e os poucos bombeiros, mas foram barrados. Também foi possível ver um fluxo de pessoas em direção às saídas.
Menos de uma hora depois de ter subido ao palco, Kevinho disse no microfone que foi orientado pela prefeitura a encerrar a apresentação meia hora antes do previsto, devido às brigas que se multiplicavam e à quantidade de pessoas feridas. “Tem criança, mulher, pai de família”, ele disse. “Eu avisei três vezes.”
Mesmo com o fim do show, um dos principais da Virada Cultural, as brigas e assaltos continuaram, se espalhando para os espaços mais distantes do palco principal.
O viaduto do Chá segue com programação ao longo da Virada, com Larissa Luz cantando ao lado de Rubel e da Orquestra Imperial, entre outros.