Após shows de pop, rap e até funk, Miley Cyrus fechou a noite com uma apresentação muito aguardada – e que contou com participação especial de Anitta
CNN BRASIL — O segundo dia do festival Lollapalooza Brasil contou com homenagens feitas ao baterista do Foo Fighters, Taylor Hawkins – morto nesta sexta (25), na Colômbia. O dia também foi marcado por uma aparição surpresa de Anitta para cantar com a headliner Miley Cyrus, e artistas nacionais acompanhando as críticas do público ao presidente Jair Bolsonaro (PL)
O dia no Autódromo começou com um forte sol, que ajudava a secar a lama criada pela tempestade que caiu na sexta-feira (25). Uma das primeiras bandas a tocar foi a paulistana Terno Rei, no palco principal.
Após jogar água para ajudar a plateia a se refrescar, o grupo apresentou um setlist de cerca de 40 minutos com suas canções indies melancólicas.
Ao final do show da Terno Rei, o público do palco principal se dividiu em dois grupos. Enquanto os fãs mais ferrenhos da estrela pop Miley Cyrus permaneceram no local para garantir um lugar perto da grade, grande parte migrou para o palco Onix para assistir à carioca Clarice Falcão.
Inteira vestida de preto, apesar do calor, a cantora apresentou canções de toda sua discografia, mas todas adaptadas à roupagem do synthpop que ditou sua última produção, o álbum “Tem Conserto”, de 2019.
Foi durante o show de Clarice que os primeiros gritos de “Fora Bolsonaro” – que se repetiriam ao longo de todo o dia – começaram a ganhar força pela primeira vez.
A cantora sorriu para a plateia e ainda puxou um coro a favor do ex-presidente Lula (PT). Carismática e conversando com o público o tempo todo, Clarice encerrou seu show como quem passaria a tarde inteira ali se pudesse, e ao som de “Como é que eu vou dizer que acabou?”.
Quem ficou por perto após o encerramento da apresentação viu que logo começou a ser enchido um gigantesco polvo inflável no palco. O elemento cenográfico seria pano de fundo para um dos shows com maior público e empolgação até então: do cantor Jão.
O paulista de 27 anos já havia dito à CNN que queria conquistar inclusive aqueles que não o conheciam. Se depender do que se viu desde o momento em que ele pisou no palco, a tarefa pode ser considerada bem-sucedida.
Suas principais músicas, como “Vou Morrer Sozinho”, e “Idiota”, por exemplo, fizeram uma multidão pular acompanhando o cantor vestido de cetim. Ele contou que foi ao Lollapalooza em 2017 para assistir ao show do cantor canadense The Weeknd, e desde então sonhava em se apresentar no festival.
Em um momento mais emocional do show, Miley puxou uma cadeira para a frente do palco. Antes mesmo de começar a falar, ela não conseguiu conter o choro.
Então, a cantora lamentou a perda de Taylor Hawkins, “uma lenda e estrela do rock”. “Quero mandar meus pensamentos mais esperançosos para a família Foo Fighters”, acrescentou.
Ela contou como, há poucos dias, o avião em que ela e a equipe viajavam para o Paraguai foi atingido por um raio e precisou pousar emergencialmente.
Miley disse que a primeira pessoa para quem ligou foi Taylor, porque ele já estava no país para o mesmo festival. “Eu faria qualquer coisa para estar com ele mais uma vez”, lamentou.
A cantora então dedicou a canção “Angels Like You” para o baterista, que teve uma foto projetada nos telões. A plateia acendeu as lanternas de celulares para acompanhar Miley.
Para encerrar a apresentação, ela separou um trio de hits para que todos fossem embora sem botar defeitos: “The Climb”, “Wrecking Ball” e “Party in the USA”.
Antes de deixar o palco, Miley ainda escolheu o fim de sua turnê na América do Sul para anunciar seu próximo lançamento. “Attention: Miley Live”, um álbum de canções gravadas ao vivo, que chegará às plataformas de streaming no dia 1º de abril.
.
Jão também endossou os gritos contra o presidente Bolsonaro que surgiam entre as músicas. Pontuando que seu público, em grande maioria, tem entre 16 e 17 anos, o artista incentivou que todos tirem título de eleitor. O prazo se encerra em 4 de maio.
“Não adianta gritar e não votar”, disse Jão.
Neste sábado (26), o partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a corte impeça artistas de fazer propaganda eleitoral em seus shows no Lollapalooza.
Uma das motivações citadas foi a apresentação da drag Pabllo Vittar, na sexta-feira (25), na qual se manifestou a favor do ex-presidente Lula (PT). Fontes ouvidas pela analista da CNN Carolina Brígido indicam que o pedido do PL deve ser negado.
Poucas horas depois, o rapper Emicida subiu ao palco principal do festival. Ao dar boa noite à plateia, ele xingou o presidente e reforçou o pedido para que todos aqueles que estão aptos tirem seu título de eleitor para o pleito deste ano.
Emicida fez questão de separar um tempo de seu show para lamentar a morte do baterista Taylor Hawkins. “Nossos corações ficaram partidos porque acredito que todos nós, de alguma maneira, admiramos o Foo Fighters“, disse.
“Queria emanar minhas melhores energias pra família do nosso irmão, que infelizmente nos deixou ontem”, acrescentou o rapper, que encerrou a apresentação com uma projeção de uma foto de Taylor.
Ele aproveitou para anunciar que no domingo (27), no horário que o Foo Fighters inicialmente se apresentaria, será feito um show especial em homenagem ao baterista morto, comandada por Emicida e a banda Planet Hemp, e que contará com uma série de convidados.
Pouco depois do fim da apresentação do brasileiro, o rapper americano A$AP Rocky começou seu show no palco Onix – sua primeira aparição no Brasil.
Sozinho no palco, ele abusou dos efeitos visuais com apoio do telão de LED para animar a multidão que o esperava. O namorado da Rihanna fez todos pularem durante todo o setlist, até precisar brigar para ter tempo de tocar a última música.
Ele ainda girou no ar uma bandeira do Brasil e jogou garrafas de água para a plateia antes de deixar o palco ovacionado.
Responsável pelo show mais aguardado do dia, Miley Cyrus também foi afetada pela morte de Taylor Hawkins. Amiga próxima do baterista, a cantora chegou a publicar no Twitter: “Minha mente quer fugir… Mas meu coração e alma nunca sairiam do Brasil sem entregar o melhor show possível.”
Decidida a performar em homenagem ao amigo, às 21h45, Miley abriu o show com um medley da sua canção “We Can’t Stop” e de “Where is my mind?”, do Pixies.
Um dos momentos mais comemorados pela plateia veio em “Mother’s Daughter”, que a cantora adicionou ao set apenas porque os fãs brasileiros colocaram a música no top 1 do iTunes.
Ela emendou o final da faixa convidando a estrela brasileira Anitta ao palco. A número 1 do ranking global do Spotify cantou sua música “Boys Don’t Cry” com Miley.
“Eu vou precisar vir ao Brasil mais vezes só para ver a Anitta”, disse a artista americana em outro momento do show.
Em um momento mais emocional do show, Miley puxou uma cadeira para a frente do palco. Antes mesmo de começar a falar, ela não conseguiu conter o choro.
Então, a cantora lamentou a perda de Taylor Hawkins, “uma lenda e estrela do rock”. “Quero mandar meus pensamentos mais esperançosos para a família Foo Fighters”, acrescentou.
Ela contou como, há poucos dias, o avião em que ela e a equipe viajavam para o Paraguai foi atingido por um raio e precisou pousar emergencialmente.
Miley disse que a primeira pessoa para quem ligou foi Taylor, porque ele já estava no país para o mesmo festival. “Eu faria qualquer coisa para estar com ele mais uma vez”, lamentou.
A cantora então dedicou a canção “Angels Like You” para o baterista, que teve uma foto projetada nos telões. A plateia acendeu as lanternas de celulares para acompanhar Miley.
Para encerrar a apresentação, ela separou um trio de hits para que todos fossem embora sem botar defeitos: “The Climb”, “Wrecking Ball” e “Party in the USA”.
Antes de deixar o palco, Miley ainda escolheu o fim de sua turnê na América do Sul para anunciar seu próximo lançamento. “Attention: Miley Live”, um álbum de canções gravadas ao vivo, que chegará às plataformas de streaming no dia 1º de abril.