Conexão Política | De acordo uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo, veiculada na noite desta terça-feira (3), em uma sexta-feira no final de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou sua urgência em conversar com Simone Tebet, ministra do Planejamento. A ministra, em Brasília, foi contatada por telefone. A pressa de Lula tinha motivo: o Brasil precisava autorizar, ainda naquele mês, uma operação para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse um empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina.
Com uma participação de 37,3% no capital do CAF, o Brasil é quem detém o maior peso e influência nas decisões do banco.
Em uma situação econômica dramática, com inflação acima de 100% ao ano e falta de dólares, e sob o comando da extrema-esquerda, a Argentina precisava desse empréstimo-ponte para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) liberasse um desembolso de US$ 7,5 bilhões.
Simone Tebet é a representante do Brasil no CAF e, portanto, era fundamental para dar seu aval a essa operação de resgate. Na teoria, a Argentina já não tinha mais acesso aos recursos, pois havia esgotado seu limite de crédito.