Ex-petista, Marília migrou para o Solidariedade, mas queria o apoio do ex-presidente; Lula diz manter acordo com PSB
Poder 360 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta 6ª feira (29.abr.2022) que apoiará o deputado Danilo Cabral (PSB) para o governo de Pernambuco em detrimento da deputada Marília Arraes (Solidariedade).
O PT fechou aliança com o PSB no Estado e aceitou o nome de Danilo. Marília, então, deixou o PT no início do ano e migrou para o Solidariedade. Ainda assim, ela declarou que iria apoiar Lula e esperava ter seu apoio também.
Lula disse ter lamentado “profundamente” a saída de Marília do seu partido, mas disse que irá manter o acordo com o PSB. “Ao sair do PT, a Marília criou uma situação para mim, que é o acordo que eu tenho com o PSB. Esse acordo não é apenas em Pernambuco, é um acordo nacional”, disse Lula. Ele deu entrevista para a Rádio Jornal (PE).
O ex-presidente disse que o acordo interessa a ele porque o candidato a vice na sua chapa, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin está no PSB, e outros nomes importantes para sua campanha também, como o do ex-governador do Maranhão Flávio Dino.
“Embora eu mantenha uma relação de muito respeito com a Marília, mas eu sinceramente vou apoiar a candidatura do Danilo. Esse é meu compromisso com o PSB, e o compromisso do PSB é ajudar a me eleger presidente da República”, disse.
Lula disse, no entanto, não ver nenhum problema em Marília Arraes usar seu nome e sua imagem na campanha ao governo de Pernambuco. “Até porque em outros estados eu apoio outro candidato e há nomes do PSB que vão me dar apoio também. […] É plenamente possível. Inclusive vai ter gente de partidos políticos mais conservadores que vão trabalhar com a minha candidatura. Deixo que as pessoas façam o que bem entenderem porque quanto mais voto melhor”, disse.
Na entrevista, Lula afirmou também que Alckmin tem muita representatividade. “Ele vai completar a necessidade que eu tenho de falar com outros segmentos da sociedade. Vai me ajudar a fazer um governo melhor do que eu já fiz”, disse.
O ex-presidente disse ainda que a situação atual do Brasil difere da que ele encontrou em 2003, quando iniciou seu 1º mandato, porque hoje, além dos problemas econômicos e sociais, as instituições do país estão “destroçadas”. “É preciso ter certeza de que vamos reconstruir esse país para a gente voltar à civilidade, à normalidade”, disse.