Petista foi o terceiro sabatinado pelo principal telejornal do país, que já recebeu Bolsonaro e Ciro Gomes
O Globo – Terceiro presidenciável a ser entrevistado pelo Jornal Nacional, da TV Globo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi confrontado, já no primeiro momento da sabatina, com os casos de corrupção envolvendo governos petistas, sobretudo os desvios na Petrobras revelados pela Lava-Jato. Lula questionou o que chamou de “caminho político” trilhado pela operação, mas admitiu as ilegalidades envolvendo a estatal petrolífera.
— Você não pode dizer que não houve corrupção se as pessoas confessaram. Ficaram ricos por conta de confessar. Você não só ganhava liberdade por falar o que queria o MP (Ministério Público), como ficava com metade do que roubou. O correto era fazer investigação da forma mais correta, e depois, se a pessoa fosse inocente, você absolvia, e se fosse culpada, condenava — disse Lula.
Pouco antes, o petista referiu-se às próprias condenações no âmbito da Lava-Jato, que acabaram anuladas no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele afirmou que “a corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada”:
— No meu governo, o Ministério Público era independente, e a Polícia Federal recebeu mais liberdade do que em qualquer outra gestão — pontuou Lula, que fez críticas diretas às investigações que o levaram para a prisão: — O equívoco da Lava-Jato foi se enveredar por um caminho político delicado. Ultrapassou o limite da investigação e entrou na política. o objetivo era tentar condenar o Lula.
Lula foi o terceiro sabatinado pelo principal telejornal do país. Antes dele, passaram pelo programa Jair Bolsonaro (PL), na última segunda-feira, e Ciro Gomes (PDT), na terça. A última presidenciável a ser entrevistada, nesta sexta, será a senadora Simone Tebet (MDB).