Neste ano, o presidente Lula (PT) poderá fazer duas indicações para o Supremo Tribunal Federal (STF) para os lugares dos ministros Ricardo Lewandwski e Rosa Weber. Uma das indicações, porém, parece ter um favorito: trata-se de Cristiano Zanin Martins, advogado pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, o que irá manchar a reputação do Poder Judiciário na história do país.
Nunca na história do país um presidente da República chegou neste ponto ao tomar uma decisão de governo. Não há país no mundo que se rebaixe a fazer o que Lula está querendo: colocar na principal do Corte do país um “empregado” que cuida de seus interesses e sem independência do governo.
A ministra Cármen Lúcia afirmou, nesta semana, que a indicação de Zanin nada teria de ilegal e que seria normal, haja vista que para ser ministro do STF só é necessário “notório saber jurídico e reputação ilibada”, como diz a Constituição.
Havia muita preocupação, até há pouco, com “a imagem do Brasil no exterior”; a dignidade do país estaria sendo destruída pelo governo anterior. E agora, como fica essa imagem? Quem, em qualquer democracia do Primeiro Mundo, vai achar “normal” um despropósito como esse? Zanin, se for mesmo nomeado, será uma mancha eterna na história do STF.