Em live realizada neste domingo (25), Jair Bolsonaro justificou que faz as transmissões do Palácio por essa ser a sua residência
O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, rejeitou o pedido da defesa de campanha de Jair Bolsonaro (PL) e manteve integralmente a liminar que proíbe a gravação e transmissão de lives com pronunciamentos político-eleitorais realizadas nas áreas privadas do Palácio da Alvorada, do Palácio do Planalto e que tenha utilização de todo aparato estatal.
“Jamais seria admissível que o governante, seja Presidente, Governador ou Prefeito, abrisse as portas de uma residência oficial para realizar comício dirigido a 30 ou 300 eleitores. Transportada a ideia para o mundo digitalizado, tampouco podem esses candidatos à reeleição usar o imóvel custeado pelo Erário para realizar live eleitoral que alcança mais de 300.000 eleitores e eleitoras”, argumentou o corregedor em trecho da decisão.
Em live realizada neste domingo (25), Bolsonaro justificou que faz as transmissões do Alvorada por essa ser a sua residência.
“O palácio da Alvorada é a minha residência, ou não é? A alegação é que eu gasto meios públicos para divulgar trabalho político. Se você for comparar os meus gastos na Alvorada com gastos dos que me antecederam…”, disse o presidente.
A ação que originou a proibição foi ajuizada pela campanha de Ciro Gomes (PDT). Como justificativa, a coordenação jurídica do PDT, argumentou que as transmissões tinham por finalidade propagar os feitos do governo, mas ganharam outros contornos com o início da campanha.