Eleitor que disser que apertou número de um candidato e apareceu outro na urna cometerá crime de falsidade, diz Moraes; presidente do TSE já proibiu levar celular ou equipamento de filmagem para cabine de votação
BSM – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes afirmou nesta segunda-feira (26) que o eleitor que disser que apertou um número na urna e viu a foto de outro candidato poderá responder na justiça por “crime de falsidade”. A declaração foi feita durante a reunião da comissão de transparência eleitoral do TSE, segundo o jornal O Globo.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) disse que quem fizer essa acusação será levado à delegacia para prestar esclarecimentos. Será aberta, então, uma investigação sobre os fatos e “se for comprovado que é mentira”, o eleitor responderá criminalmente.
Cabe ressaltar que Moraes, em outra ocasião, já proibiu os eleitores de levarem celular ou qualquer equipamento de filmagem à cabine de votação. Além disso, com a derrocada da proposta de “voto impresso”, que nada mais seria que uma cédula impressa para comprovar o voto, não fica claro como a polícia conseguiria “investigar” e “provar” a falsidade da alegação do eleitor.
O presidente do TSE, por sua vez, não explicou como seria feita tal apuração para comprovar a “mentira”. Dessa forma, tendo sido retirados os meios do eleitor registrar seu voto, a declaração de Moraes soa quase como uma “ameaça” ao cidadão, que não poderá se manifestar caso verifique um defeito ou mesmo um indício de fraude nas urnas sob o risco de ser preso.
Em 2018, vieram à tona diversas declarações de eleitores que disseram que não conseguiram concluir seu voto ou que apertaram em um número, mas aparecia outra foto na urna. Alguns desses casos foram gravados e repercutiram nas redes sociais.