Os pré-candidatos à Presidência da República, Sérgio Moro (Podemos), Simone Tebet (MDB) e Luiz Felipe D’Avila (Novo) relataram, nesta sexta-feira (18), que podem se unir para construir uma “terceira via” para os eleitores em 2022. De acordo com eles, essa é uma opção para derrotar o “populismo e a polarização”.
Os três pré-candidatos participaram de um debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), onde foram questionados pelos empresários sobre as eleições. Apesar da fala, a possível aliança não tem nenhuma data para ser concretizada.
De acordo com a Pesquisa Datafolha, de dezembro de 2021, os três, juntos, têm 10% das intenções de voto no primeiro turno.A pesquisa mostra ainda que desse montante, 9% é atribuído a Sérgio Moro, enquanto Tebet tem 1% e D’Ávila 0%.
O mesmo levantamento mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em primeiro lugar das intenções, com 48%, seguido do atual líder do executivo nacional, Jair Bolsonaro (PL), com 22%.
Durante o debate com os empresários, a senadora Tebet afirma que a população está “desesperada” e aposta no candidato “menos pior”.
“Eu me proponho a isso e sei que os demais também se propõem. Essa preocupação de vocês é nossa preocupação. Temos que ir muito devagar porque, se fizermos a escolha errada, estaremos diante dos dois populistas. Ninguém aqui quer sair do jogo sem antes ter certeza de que está fazendo a melhor opção para o país”, conta Simone Tebet.
Sergio Moro afirmou durante o debate que o Brasil “não está destinado a cometer suicídio” e, para ele, não cogita a hipótese de o segundo turno ser formado por “opções extremas”.
“Eu vejo uma ampla avenida. Nós estamos a meses das eleições para construir uma alternativa. O que a gente tem que fazer é falar a verdade do que aconteceu, do que está acontecendo no país e do que nós queremos fazer para o futuro”, afirmou.
Moro e Tebet já tinham se reunido em São Paulo, na última segunda-feira (14),para discutir uma eventual aliança.