Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, teve a perna direita amputada em acidente na dispersão do Sambódromo. Ela estava internada no CTI pediátrico do Hospital Souza Aguiar e, segundo funcionários, teve hemorragia interna.
No início da tarde desta sexta (22), a menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, que foi atropelada por um carro alegórico nos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, morreu. Raquel foi imprensada pela alegoria contra um poste.
A menina chegou a ter a perna direita amputada enquanto estava internada no Hospital Souza Aguiar, no Centro da capital fluminense. O estado de saúde dela era gravíssimo. Segundo funcionários do hospital, ela teve uma hemorragia interna.
Durante a cirurgia em que teve a perna amputada, Raquel chegou a ter uma parada cardiorrespiratória. Ela também sofreu traumatismo no tórax e respirava por aparelhos.
De acordo com uma funcionária da unidade, a tia da menina informou a mãe de Raquel de sua morte. Ao chegar ao hospital, Marcela Portelhinha, que está grávida, passou mal e desmaiou.
O corpo da menina vai para o Instituto Médico Legal. Ainda não há previsão de enterro.
Aline da Mota, pastora da igreja da família, também se emocionou ao chegar ao hospital: “Perdi essa guerra”, gritava.
“Raquel era uma menina do coral da minha igreja. Eu a abracei quando ninguém queria abraçar. Eu acho desumano não comparecer ninguém aqui da escola, como se a família fosse cachorro. Enquanto estavam desfilando 2h30 da manhã, a Raquel estava amputando a perna. E agora perdeu a vida”, falou Aline.
Disse ainda que foi feita uma corrente de oração que envolveu pessoas do Brasil, Itália e Estados Unidos pela melhora do estado de saúde de Raquel.
O que diz a Liga das Escolas
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro emitiu uma nota de pesar sobre o caso (leia mais abaixo). A escola de samba Em Cima da Hora ainda não se pronunciou.
O prefeito Eduardo Paes disse que “a morte da pequena Raquel” deixa um “grande sentimento de tristeza”. E prometeu acompanhar o trabalho da polícia.
O que diz a Liga das Escolas
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro emitiu uma nota de pesar sobre o caso (leia mais abaixo). A escola de samba Em Cima da Hora ainda não se pronunciou.
O prefeito Eduardo Paes disse que “a morte da pequena Raquel” deixa um “grande sentimento de tristeza”. E prometeu acompanhar o trabalho da polícia.
“Vamos acompanhar de perto a investigação policial que apura as responsabilidades e estamos, através de nossa secretaria de Assistência, dando apoio aos familiares. Minha solidariedade neste momento de dor”, disse Paes.
Após o acidente, a Justiça determinou que as escolas de samba façam escolta dos carros alegóricos até os barracões. A decisão do juiz Sandro Pitthan Espíndola, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, acolheu o pedido do Ministério Público estadual.
Liga emite nota de pesar
“É com extremo pesar que a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro recebe a notícia da morte de Raquel Antunes da Silva. A direção da Liesa está consternada e se solidariza com a família e amigos de Raquel.
Na noite da ultima quarta-feira, 20, primeiro de desfiles da Serie Ouro, comandado pela LIGA RJ, a jovem menor subiu no carro alegórico fora do sambódromo, na Rua Frei Caneca, no Estácio após o carro deixar a área de dispersão.
A Liesa segue colaborando com as autoridades e reforça que para os desfiles que estão sob sua responsabilidade, os do Grupo Especial, as escolas estão preparadas para utilizar escolta dos Carros alegóricos da saída do Sambódromo até o retorno à Cidade do Samba e também na ida dos carros para a Marquês de Sapucaí”.