O Antagonista | O Ministério Público Federal anunciou ter instaurado nesta quarta-feira (12) inquérito civil para apurar danos causados à sociedade por falhas de segurança no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP, na foto).
A investigação deve-se ao golpe que foi sofrido pelas brasileiras Katyna Baía e Jeanne Paollini. Elas ficaram 38 dias presas em Frankfurt, na Alemanha, depois de serem apreendidas no aeroporto alemão malas que continham 40 kg de cocaína e estavam etiquetadas com o nome delas.
Imagens do circuito interno de Guarulhos mostram que as malas —vindas de Goiânia, de onde as passageiras partiram— foram trocadas por funcionários terceirizados do aeroporto. A PF prendeu acusados de pertencer à quadrilha que faz a troca das malas. Katyna e Jeanne foram libertadas na última terça (11).
O MPF pediu informações da Polícia Federal, das companhias aéreas Gol e Latam, da Agência Nacional de Aviação Civil e das empresas GRU Airport (que detém a concessão de Guarulhos) e Orbital.
O procurador responsável pela investigação, Guilherme Göpfert, afirmou que “o reforço na segurança aeroportuária é medida urgente, sob pena de impactar vários segmentos econômicos da sociedade, dado o clima de desconfiança gerado na população diante do gravíssimo fato”.