Conexão Política | A Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, está discutindo a possibilidade de criação de um curso de medicina exclusivo para assentados da reforma agrária, ou seja, membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) cadastrados no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A forma de ingresso ainda não foi definida, mas a princípio, devido à exclusividade do curso, não seria realizado um vestibular formal, como ocorre com outros cursos em universidades públicas do Brasil. Até o momento, foi divulgado que apenas uma redação seria exigida.
Entidades como o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) e o Sindicato Médico do RS (Simers) são contrárias à reserva de vagas para um segmento específico da população.
As discussões sobre o assunto tiveram início em uma reunião no final de junho entre representantes do MST, do Incra e a reitora da UFPel, Isabel Andrade. A reitora afirma que a iniciativa visa atender as “comunidades agrárias historicamente marginalizadas pelo sistema tradicional de educação superior pública”.