Em entrevista coletiva, Tedros Adhanom Ghebreyesus destacou que número de mortes pela Covid-19 está no patamar mais baixo desde o início da crise sanitária, em março de 2020
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quarta (14) que o mundo “nunca esteve em melhor posição para acabar com a pandemia” da Covid-19.
Durante uma entrevista coletiva, ele fez um pedido para que os países mantenham o combate contra o coronavírus e que o índice de mortes pela doença chegou ao patamar mais baixo desde março de 2020, quando a Organização declarou emergência internacional de saúde.
— Na semana passada, o número de mortes semanais por Covid-19 caiu para o menor nível desde março de 2020. Nunca estivemos em melhor posição para acabar com a pandemia. Ainda não acabou, mas seu fim está próximo — afirmou o diretor-geral durante a entrevista.
De acordo com dados da Universidade John Hopkins, Our World in Data, o mundo tem, hoje, uma média móvel de 1.761 mortes diárias pelo vírus. Em abril de 2020, esse número já era superior a 2 mil;
Durante os piores picos, esse número chegou a mais de 10 mil óbitos por dia, como em janeiro de 2021, durante a onda da variante Delta, quando chegou a 14.585.
— Quem corre uma maratona não para quando vê a linha de chegada. Corre mais rápido, com toda a energia que lhe resta. E nós também. Todos nós podemos ver a linha de chegada, estamos prestes a vencer. Seria realmente o pior momento para parar de correr. Se não aproveitarmos esta oportunidade, corremos o risco de ter mais variantes, mais mortes, mais problemas e mais incertezas — sublinhou o chefe da OMS.
Em 4 de setembro, a organização contabilizava mais de 600 milhões de casos confirmados oficialmente, e 6,4 milhões de mortes em todo o mundo. De acordo com o último relatório epidemiológico publicado pela OMS dedicado à Covid-19, o número de casos caiu 28% na semana de 5 a 11 de setembro em relação aos sete dias anteriores. Já a queda no número de mortes foi de 22%.
Para manter o ritmo de diminuição, a organização reforça a importância de se vacinar 100% das pessoas e profissionais de saúde vulneráveis, continuar testando a população e manter programas que permitam rastrear novas variantes potencialmente perigosas.