Presidente do Senado e do Congresso lembrou ainda que urnas eletrônicas são confiáveis. Nesta quarta, Bolsonaro afirmou que Forças Armadas sugeriram ao TSE apuração paralela por militares.
Depois de Bolsonaro sugerir uma apuração paralela, realizada por militares, dos votos das próximas eleições, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), postou em sua rede social que não tem “cabimento” duvidar da legitimidade das eleições brasileiras.
“Não tem cabimento levantar qualquer dúvida sobre as eleições no Brasil. O Congresso Nacional é o guardião da democracia!”, afirmou o senador.
Pacheco também defendeu as urnas eletrônicas, dizendo que são confiáveis, além também da Justiça Eleitoral.
“As instituições e a sociedade podem ter convicção da normalidade do processo eleitoral. A Justiça Eleitoral é eficiente e as urnas eletrônicas confiáveis. Ainda assim, o TSE está empenhado em dar toda transparência ao processo desde agora, inclusive com a participação do Senado”, escreveu.
Bolsonaro tem adotado nos últimos anos a estratégia de, mesmo sem provas, levantar falsas suspeitas sobre o processo eleitoral. Um inquérito na Justiça investiga essa postura do presidente. Algo parecido foi realizado pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, ao perder as últimas eleições para o democrata Joe Biden. Bolsonaro é um fã declarado de Trump.
Segundo o TSE, a apuração dos resultados é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação.
Nesse momento, a urna imprime, em cinco vias, o Boletim de Urna (BU), que contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido, além dos votos nulos e em branco.
Uma das vias impressas é afixada no local de votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e definitivo. Vias adicionais são entregues aos fiscais dos partidos políticos
Na sede do tribunal, em Brasília, é feita contagem desses votos apurados nas urnas. Até a eleição anterior, os boletins das urnas eram transmitidos para os computadores dos tribunais regionais eleitorais, que totalizavam os votos e enviavam o resultado para o TSE.
Neste ano, o tribunal mudou o procedimento e centralizou a totalização dos votos em Brasília.
A Polícia Federal afirmou em relatório concluído em 2018, após uma perícia no sistema eleitoral, que a centralização da totalização de votos das eleições no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iria minimizar a exposição dos dados e teria potencial de melhorar “consideravelmente a segurança operacional” do sistema.