Parlamentar diz que é preciso que se inicie uma investigação sobre os atos golpistas
Após os atos golpistas do dia 8 de janeiro, a oposição ao governo federal tem tentado emplacar uma CPMI para investigar os acontecimentos que levaram até aquele momento de quebra-quebra na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL), em uma sabatina do Brasil Paralelo, na última quinta (9), e foi questionado sobre a motivação do governo federal em querer barrar essa CPMI já que, teoricamente, seria algo positivo para o governo. O parlamentar afirma que uma investigação colocaria em xeque a atuação do ministro da Justiça, Flávio Dino.
“O que eu vi do governo petista é que eles estavam extremamente preocupados porque isso poderia acarretar numa responsabilização do ministro da Justiça, Flávio Dino. Eles já entregaram o jogo! Qual que é a intenção do presidente Lula em colocar sigilo nas câmeras? Não é pra poder elucidar? As pessoas estão pedindo investigação! Mostrem quem foi que quebrou, quem invadiu”, declarou Nikolas.
Segundo o deputado, a mídia divulgou que cerca de 48 órgãos federais sabiam que poderia acontecer um ato deste tipo e não agiram.
“A mídia divulgou que 48 órgãos federais foram avisados anteriormente para poder reforçar sua segurança. O ministro da Justiça tem responsabilidade nisso? A gente precisa apurar. Não tem nenhum enigma nisso”, completou.
Informações de Brasília dão conta que o governo federal tenta barrar a instauração desta CPMI sob o argumento de que ela atrase a tramitação de projetos econômicos urgentes, como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal.
A CPMI já tem o número mínimo de 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado, porém o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), ainda não sinalizou com um prazo para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que contará com deputados e senadores.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), prometeu a deputados da direita que irá conversar com Pacheco para que este dê início aos trâmites necessários para que a CPMI de 8 de janeiro seja instaurada.