Horário eleitoral tem promessa do petista sobre volta do Bolsa Família, com R$ 150 a mais para filhos de até seis anos; presidente diz que valor, previsto inicialmente até dezembro, será mantido
Na segunda semana do horário eleitoral, os presidenciáveis apostaram em apresentar propostas na propaganda que é veiculada na rádio nesta terça (30).
Líder das pesquisas, o ex-presidente Lula (PT) afirmou que, se eleito, voltará com o programa de distribuição de renda Bolsa Família, mas que o valor será de R$ 600. Além desse valor, a família receberá mais R$ 150 por cada filho de até seis anos.
Já o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) destacou o Auxílio Brasil, também de R$ 600, além de prometer que o programa continuará, o que foi contestado pela propaganda de Lula.
O petista prometeu também um salário mínimo com reajuste acima da inflação, a nova retirada do Brasil do Mapa da Fome e o programa Desenrola Brasil, que ajudará a limpar o nome de quem está individado.
“O povo pobre é solução na hora que você colocá-lo dentro da economia, conseguir que ele tenha um emprego, um salário”, disse Lula.
O ex-presidente acusou o atual governo de não saber lidar com a saúde e nem com a crise econômica durante o período mais crítico de pandemia. Ele também disse que o Auxílio Brasil de R$ 600 não foi proposto pelo chefe do Executivo e nem será mantido após dezembro caso ele seja reeleito.
Jair Bolsonaro, por sua vez, dedicou a maior parte do seu horário ao auxílio.
“No passado, o Bolsa Família valia, em média, R$ 192. Tinha família recebendo R$ 80 por mês. Nós criamos o Auxílio Brasil, onde cada família passou a receber, no mínimo, R$ 600. Esse valor será mantido a partir do ano que vem dentro da responsabilidade fiscal”, prometeu o presidente.
O programa ainda ressaltou realizações do governo Bolsonaro, como a diminuição do preço dos combustíveis, a ampliação da validade da carteira de motorista para 10 anos, a transposição do Rio São Francisco, a distribuição de 270 mil títulos de terra, a criação do Pix e o Vale Gás.
Já Ciro Gomes (PDT) falou mais sobre seu programa de renda mínima. Segundo o pedetista, toda família receberá, em média, R$ 1000.
“Nenhum brasileiro pode ter uma renda abaixo da linha de pobreza, que é hoje de R$ 417 por mês. Toda família vai receber R$ 1.000 em média, ou até mais, dependendo do número de integrantes e da renda total dessa família”, explicou.
A senadora Simone Tebet (MDB) focou na reindustrialização do país. Ela trouxe o slogan “Eles não, e ela, sim”, focando em ser a alternativa da chamada “terceira via”. Simone prometeu a geração de empregos com investimento privado internacional no país.
“Emprego para garantir a renda e matar a fome das pessoas”, destacou.
Soraya Thronicke (União Brasil) dedicou seu espaço para falar sobre a proposta do imposto único, prometendo abaixar o preço de alimentos, medicamentos e combustíveis e aumentar o poder aquisitivo das famílias.
Felipe d’Ávila (Novo), por sua vez, escolheu clamar por um país menos polarizado. “Chega do nosso país dividido, chega desse populismo irresponsável, chega de adiar um novo Brasil, o Brasil que queremos. Chega de escolher sempre o menos pior”, disse.
Saiba mais sobre o horário eleitoral
Neste ano, o rádio e a televisão transmitem dois blocos diários de propaganda eleitoral gratuita, de segunda-feira a sábado. Cada um deles terá 25 minutos: no rádio, o primeiro será transmitido das 7h às 7h25; e o segundo, das 12h às 12h25. Na televisão, as exibições acontecem entre 13h e 13h25 e das 20h às 20h25.
Veja o tempo de propaganda de cada candidato
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – 3 minutos e 39 segundos por bloco
- Jair Bolsonaro (PL) – 2 minutos e 38 segundos por bloco;
- Ciro Gomes (PDT) – 52 segundos por bloco;
- Simone Tebet (MDB) – 2 minutos e 20 segundos por bloco;
- Felipe d’Ávila (Novo) – 22 segundos por bloco
- Soraya Thronicke (União Brasil) – 2 minutos e 10 segundos por bloco