Na noite desta quinta-feira (2), ministro do STF derrubou resoluções contra os deputados Fernando Francischini (União Brasil-PR) e Valdevan Noventa (PL-SE)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, decidiu derrubar duas cassações de parlamentares da ala bolsonarista na noite desta quinta (2): o deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR) e o deputado federal Valdevan Noventa (PL-SE).
Francischini foi o primeiro a perder o mandato em outubro do ano passado, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o Tribunal, o parlamentar foi acusado de disseminar vídeos com notícias falsas sobre fraudes nas urnas eletrônicas. Além de perder o mandato, ficou inelegível até 2026.
Já Valdevan foi condenado em março deste ano por abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral de 2018. O TSE ratificou o parecer do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) que sentenciou o parlamentar pela captação e gasto ilícito de recursos mediante depósitos de valores de origem não identificada.
Em sua manifestação, Nunes Marques afirmou que “é evidente o ineditismo da interpretação adotada pelo TSE por ocasião do julgamento, em 28 de outubro de 2021, das referidas ações de investigação eleitoral”.
Em sua manifestação, Nunes Marques afirmou que “é evidente o ineditismo da interpretação adotada pelo TSE por ocasião do julgamento, em 28 de outubro de 2021, das referidas ações de investigação eleitoral”.
Indicado de Bolsonaro
O ministro Nunes Marques foi o primeiro indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para o Supremo Tribunal Federal.
O ex-desembargador foi indicado no fim de setembro para substituir o ministro Celso de Mello, que se aposentou em outubro de 2021.
Após ter sua indicação aprovada pelo Senado Federal, Nunes Marques tomou posse no Supremo no início de novembro do ano passado.
Decisão polêmica
Segundo a analista da CNN Carolina Brígido, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticaram, em caráter reservado, as decisões de Nunes Marques.
Uma ala do STF defende que a decisão do colega seja submetida ao plenário o quanto antes, para que seja referendada ou não.
Embora o presidente do Supremo, Luiz Fux, esteja sendo pressionado a pautar o tema no plenário logo, como informou a analista da CNN Thais Arbex, fontes próximas a Nunes Marques revelam que o ministro não tem a intenção de liberar o assunto para julgamento.