Ex-presidente da Câmara explica que a distribuição de renda entre parlamentares não é poder de verdade
No último domingo (26), o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia falou sobre as relações de poder entre o Congresso Nacional hoje em dia e em outros governos.
Maia afirma que, apesar de acharem que a Câmara tem um poder muito grande hoje, na verdade o momento em que mais teve poder foi durante o governo Temer. Segundo ele, alocação de verbas, em sua opinião, não é poder de verdade. Este é, na verdade, quando Executivo e Legislativo trabalham juntos para políticas públicas para o país.
“O período que o Congresso mais teve poder foi no governo do presidente Temer. É uma informação distorcida achar que ter a possibilidade de indicar recurso para um prefeito é ter poder. Ter poder é governar junto com o Poder Executivo e montar política pública. Aprovamos junto a reforma do Ensino Médio, a reforma Trabalhista. Compreendendo que o governo é partilhado, ninguém tem mais poder que o outro”, explicou Maia.
Seguindo seu raciocínio, Maia explica que o parlamento tem mais poder quando há o presidente da República tem uma maioria formada para propor políticas públicas.
“O parlamento tem mais poder quando o presidente da República forma uma maioria com deputados e senadores, com os partidos, e através dessa relação propõe políticas públicas que são executadas em conjunto com os dois Poderes”, completou.
Presente na entrevista, o ex-presidente Michel Temer criticou a relação entre poderes no país, onde se há muita divergência e ela é tornada pública, atrapalhando o governo federal e, consequentemente, os poderes.
“Há muita divergência e, pior que a divergência, há a divulgação dela. Nós (Temer e Maia) tínhamos divergências, mas como era não pública, era imediatamente consertável. Hoje as pessoas falam demais e, ao falar demais, criam divergências. Quando você é presidente da República, você tem o dever de criar convergência com o Congresso e com a sociedade e, sem essa convergência, fica muito difícil de governar”, disse Temer.