O maior aumento semanal de novos casos aconteceu no Oriente Médio, que registrou alta de 47%, seguido pela expansão 32% na Europa e no Sudeste Asiático e cerca de 14% nas Américas
Valor Econômico – O número de novos casos de covid-19 aumentou 18% na última semana, com mais de 4,1 milhões de casos registrados no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O maior aumento semanal de novos casos de covid-19 aconteceu no Oriente Médio, que registrou aumento de 47%, de acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (29). As infecções aumentaram cerca de 32% na Europa e no Sudeste Asiático e cerca de 14% nas Américas, segundo a OMS.
A agência de saúde disse que o número mundial de mortes permaneceu relativamente igual ao da semana anterior, em cerca de 8.500. As mortes relacionadas à covid-19 aumentaram no Oriente Médio, Sudeste Asiático e Américas.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que os casos estão aumentando em 110 países, impulsionados pelas variantes da ômicron BA.4 e BA.5, e que a pandemia está mudando, mas não acabou.
Ele disse que a capacidade de rastrear a evolução genética da doença está “sob ameaça” à medida que os países relaxam as medidas de monitoramento, alertando que isso dificulta a identificação de novas variantes, potencialmente perigosas.
Ele pediu que os países imunizem suas populações mais vulneráveis, dizendo que centenas de milhões permanecem não vacinados e correm risco de contrair formas mais graves da doença.
Tedros disse que, embora mais de 1,2 bilhão de vacinas covid-19 tenham sido aplicadas globalmente, a taxa média de imunização nos países pobres é de cerca de 13%.
“Se os países ricos estão vacinando crianças a partir dos 6 meses de idade e planejando fazer novas rodadas de vacinação, é incompreensível sugerir que os países de baixa renda não devem vacinar e aumentar a proteção de suas populações mais vulneráveis”, disse ele.
De acordo com números compilados pela Oxfam e pela People’s Vaccine Alliance, menos da metade dos 2,1 bilhões das vacinas prometidas aos países mais pobres pelas grandes economias do Grupo das Sete foram entregues.