Além dos sete casos que estão em monitoramento pela organização, a pneumonia provocou três mortes
CNN – A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando um conjunto de 10 casos de pneumonia de causa desconhecida na Argentina em um surto que até agora incluiu três mortes.
Os casos estão vinculados a uma única clínica privada na cidade de San Miguel de Tucumán, localizada no noroeste do país, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório regional da OMS.
Um relatório inicial na terça-feira (30) incluiu cinco profissionais de saúde e um paciente que foi tratado na enfermaria de terapia intensiva da clínica, com sintomas surgindo entre 18 e 22 de agosto.
Na quinta-feira (1), as autoridades de saúde locais relataram mais três casos, elevando o total para 9, incluindo três mortes. Todas as três pessoas que morreram tinham outras condições de saúde. Já na sexta-feira (2), a Argentina relatou um caso adicional.
Os sintomas incluem febre, dores musculares e abdominais e falta de ar. Vários pacientes tiveram pneumonia em ambos os pulmões.
Testes para vírus respiratórios conhecidos e outros agentes virais, bacterianos e fúngicos foram todos negativos, disse a OPAS. Amostras biológicas foram enviadas à Administração Nacional de Laboratórios e Institutos de Saúde da Argentina para testes adicionais, que incluirão uma análise da presença de toxinas.
Dr. Michael Osterholm, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Minnesota, disse que, como os pulmões estão fortemente envolvidos, a causa provavelmente é algo que os pacientes inalaram.
Ele primeiro suspeitou da doença dos legionários, que é causada pela inalação de gotículas de água contendo a bactéria Legionella, mas os testes descartaram isso. A OPAS e a OMS estão monitorando o surto e auxiliando as autoridades locais de saúde na investigação.
Osterholm disse que “doenças misteriosas” às vezes acontecem e, na maioria das vezes, podem ser explicadas por algum surto local que não tem implicações pandêmicas. O médico disse que espera informações mais definitivas das autoridades de saúde argentinas nos próximos cinco a sete dias.