Dados são do relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, divulgado nesta quarta (6/7) pela Organização das Nações Unidas
Metrópoles – A pandemia da Covid-19 causou impacto na alimentação dos brasileiros: em 2020, 40 milhões de pessoas não tinham condições de custear uma alimentação saudável.
Os dados são do relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, divulgado nesta quarta-feira (6/7) pela Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO).
O indicador é maior do que os números pré-pandêmicos: em 2017, a taxa era de 38,1 milhões de pessoas. O número chegou a cair em 2018, quando foi de 36 milhões. Em 2019, antes da pandemia, o indicador era de 37 milhões de brasileiros.
“A qualidade de uma dieta é um elo crítico entre segurança alimentar e nutrição. Uma dieta com baixa qualidade pode levar a diferentes formas de má nutrição, incluindo subnutrição, deficiência nutricional, sobrepeso e obesidade”, aponta o relatório.
Segundo o documento, a América Latina e o Caribe foram as regiões com o maior preço médio para custear uma alimentação saudável por pessoa, chegando a US$ 3.89.
As regiões também registraram o maior número de pessoas incapazes de custear uma refeição saudável: são 131,3 milhões de pessoas, aumento de 6.55 em relação a 2019.
No Brasil, o valor chegou a US$ 3 em 2020. O custo médio no país era de US$ 2,8 em 2019.
“Estamos diante de uma grande e complexa crise que exige ações inéditas, não só dos governos, mas de todos os atores do sistema agroalimentar regional”, disse Julio Berdegué, representante regional da FAO.