Comitê de Direitos Humanos também avaliou que direitos políticos de Lula foram violados com veto a candidatura em 2018
Depois das reviravoltas na justiça brasileira, com a derrubada das decisões contra o ex-presidente Lula no julgamento em que Sergio Moro era o juiz, mais um órgão deu parecer favorável ao petista. O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) considerou que sua condenação no processo por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em 2017 foi injusta, pois Moro atuou parcialmente.
A decisão confirma o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de julho de 2021, quando Moro foi declarado parcial no julgamento do tríplex no Guarujá por 7 votos a 4.
O Comitê também considerou que a retirada dos direitos políticos de Lula, o impedindo de disputar as eleições de 2018, foi ilegal.
Na época, o órgão da ONU já havia pedido ao Brasil que não tirasse Lula da disputa. Ele liderava as pesquisas de intenção de voto até ser impedido de concorrer. Quando Lula foi substituído na cabeça de chapa pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, o candidato Jair Bolsonaro (então no PSL) começou a liderar as pesquisas, e confirmou o favoritismo ao vencer a eleição.