‘Habeas Pater’ é feita pela Polícia Federal em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e São Luís (MA).
G1 – A Polícia Federal (PF) realiza, nesta terça-feira (14), a “Operação Habeas Pater” em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e São Luís (MA) para apurar o envolvimento de um desembargador federal e do filho dele, um advogado, suspeitos de ligação com investigados da “Operação Flight Level 2”. O magistrado é suspeito de vender sentenças judiciais a traficantes.
O desembargador federal Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, e o filho, o advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro, são os investigados. Agentes da PF encontraram R$ 270 mil em dinheiro vivo em um cofre na casa do Ravik.
A ação policial combate possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, e cumpre nove mandados de busca e apreensão, determinados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Pai e filho podem responder pelos crimes citados acima e, se condenados, ficar presos por até 12 anos.
O magistrado é suspeito de vender sentenças judiciais a traficantes. O g1 tentou entrar em contato com Ravik, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. A reportagem também buscou o gabinete de Ribeiro, sem sucesso.
Quem são os suspeitos
Cândido Ribeiro é natural de São Luís (MA) e foi nomeado juiz do TRF-1 em 1996, “após ter sido indicado, em lista tríplice, por merecimento”, de acordo com o site do tribunal. Entre 2014 e 2016, foi presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Ravik é sócio de um escritório de advocacia na capital federal. De acordo com o site do escritório, o advogado tem inscrições ativas no DF, Rio de Janeiro e Maranhão. Foi servidor concursado do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do INSS; trabalhou como assistente Parlamentar no Senado; e foi representante do governo no Conselho de Recursos da Previdência Social.