Durante uma entrevista para um podast na última terça (11), o vereador de São Paulo, Fernando Holiday, criticou a possível indicação de Cristiano Zanin, advogado de Lula (PT), para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal após a aposentadoria de Ricardo Lewandowski.
O parlamentar também criticou fortemente a atuação de Lewandowski na Corte, relembrando seus votos nos julgamentos do Mensalão.
“A indicação de Zanin para o Supremo Tribunal Federal é uma indicação absurda, chocante, já que ele foi seu advogado, mas a grande verdade é que o Lula conseguiu, em seus governos anteriores assim como a Dilma, nomear verdadeiros advogados das suas causas. Não vamos esquecer quem foi Lewandowski no julgamento do Mensalão. O relator lançava seu voto condenando os envolvidos e o voto do revisor (Lewandowski) muito raramente era concordando com o relator. E era um contraponto fazendo o trabalho da defesa”, afirmou.
Outro ponto de críticas do vereador foi o voto de Lewandowski no julgamento de José Dirceu, classificando-o como uma “vergonha”.
“O voto de Lewandowski no caso de José Dirceu é uma vergonha para a história do ordenamento jurídico brasileiro. É como se o advogado de defesa tivesse feito uma defesa e tivesse apresentado no lugar de um juiz”, completou.
Na mesma entrevista, o deputado federal Alfredo Gaspar (União) também falou sobre o Supremo Tribunal Federal, chamando de “injustiças” algumas das decisões proferidas por ministros da Corte, além de também criticar duramente Ricardo Lewandowski.
“Eu conheço as injustiças produzidas pelo Poder Judiciário, mas nunca imaginei presenciar isso via Supremo Tribunal Federal. Uma noticia que me alegra é a aposentadoria de um dos piores ministros que já vi na Corte. Não digo de forma pessoal, mas de suas decisões. Os malefícios das decisões do ministro Lewandowski irá perpassar as gerações. A saída dele é muito bem-vinda”, disse o parlamentar.
Gaspar defendeu a instauração de mandatos de oito anos para ministros dos tribunais superiores no país, afirmando que, hoje, o Supremo está “mandando” no Brasil.
“Pena ele ter passado 17 anos no Supremo. Por isso defendo o mandato de oito anos para integrantes de tribunal superior. Não dá para a gente criar essa dinastia nos tribunais superiores. Quem está mandando no país é o Supremo Tribunal Federal. Esse inquérito das Fake News, por exemplo, é uma excrescência jurídica e as pessoas que estão criticando a forma utilizada pelo STF estão sofrendo imediatamente retaliação jurídica”, acusou.