Países membros garantiram pressa para aprovação, mas Turquia quer barrar novas entradas. Biden irá se encontrar com os líderes da Finlândia e Suécia para discutir a candidatura.
A invasão da Rússia na Ucrânia mudou de vez a geopolítica da Europa. Historicamente conhecida por sua neutralidade a partir do fim da 2ª Guerra Mundial, os países nórdicos iniciaram um movimento para se aliar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Nesta terça (17), o Parlamento da Finlândia aprovou a petição do governo para que o país seja um candidato para fazer parte da organização militar. A adesão foi aprovada por maioria ampla. Segundo o porta-voz do parlamento, Matti Vanhanen, 188 parlamentares votaram a favor e apenas oito foram contra.
Por meio de um comunicado, a Casa Branca disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá receber na quinta-feira (19) a primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, e o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, para falar sobre a candidatura dos dois países à Otan.
Porém, o processo não será simples. Para que um novo integrante seja admitido é preciso que sua aprovação seja unânime entre os países que já fazem parte da Otan. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou na última segunda (16) que não irá aprovar a entrada de Finlândia e Suécia na organização.
Erdogan disse ainda que as delegações sueca e finlandesa “não deveriam nem se incomodar em vir a Ancara (capital da Turquia)” para convencê-la a aprovar a entrada na Otan. O país citou o que classificou como “histórico” das nações escandinavas de hospedar membros de militantes curdos.
A Turquia disse que deseja que os países nórdicos interrompam o apoio a militantes curdos em seu território e suspendam as proibições de venda de algumas armas para a Turquia.