Economista informou ao governo da sua decisão nesta segunda-feira (4), após Rodolfo Landim desistir de assumir a presidência do conselho de administração.
Nome sugerido pelo Centrão e indicado para presidir a Petrobras, Adriano Pires desistiu de concorrer ao cargo na estatal. Segundo fontes do Palácio do Planalto, Pires informou ao governo de sua decisão nesta segunda (4). Já é o segundo nome a desistir da estatal, após Rodolfo Landim.
No entanto, Pires, após a desistência de Landim, avisou ao Planalto que não queria ser submetido a desgastes e ataques no comando da Petrobras por sua indicação, apontada por setores da estatal como um conflito de interesses.
A desistência de Pires pegou setores do governo de surpresa. Até esta manhã, defensores do economista afirmavam que a indicação estava mantida e não havia plano B para o cargo.
Ainda não há definição sobre quem vai substituir Silva e Luna no comando da Petrobras.
No último domingo (3), o Ministério de Minas e Energias havia divulgado que era necessário aguardar os trâmites legais e administrativos para saber se haveria algum impedimento ao nome de Adriano Pires para a presidência da empresa.
Pires, que já trabalhou na Agência Nacional de Petróleo (ANP) e é fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), foi indicado pelo governo Bolsonaro para substituir o general Silva e Luna no comando da estatal.
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu uma investigação sobre a indicação para que fosse verificado eventual conflito de interesses, uma vez que ele atua na rede privada.
A indicação ocorreu em meio às críticas de Bolsonaro à companhia por conta do aumento no preço dos combustíveis – que impactam negativamente o projeto de reeleição – e precisa ser aprovada pela assembleia-geral dos acionistas da Petrobras, marcada para 13 de abril.