Segundo partido, estender pedido ao 1º turno causaria “grave tumulto processual”; sigla elegeu maior bancada da Câmara
Poder 360 – O PL reiterou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quarta-feira (23) que os questionamentos da legenda às urnas eletrônicas devem focar só no 2º turno das eleições de outubro.
Com o posicionamento, o partido tenta manter Jair Bolsonaro na Presidência da República para um 2º mandato, sem perder os 99 deputados eleitos pela legenda no 1º turno das eleições deste ano.
Na terça-feira (22), o partido pediu que a Corte invalidasse mais da metade dos votos dados no 2º turno, apontando supostas irregularidades em 5 dos 6 modelos de urna usados no país.
Alexandre de Moraes, presidente do TSE, no entanto, decidiu que o PL não pode questionar só votos registrados no 2º turno, já que as mesmas urnas foram usadas também no 1º turno da votação. O ministro deu 24 horas para o partido se manifestar.
Na resposta ao ministro, a legenda disse que estender os questionamentos ao 1º turno causaria “grave tumulto processual“, considerando o número de candidatos que disputaram cargos eletivos.
“Por isso é que a opção da Coligação autora, que ora se ratifica, foi a indicação apenas do 2º turno como escopo inicial da Representação, de forma a permitir a verificação, da forma mais prática, objetiva e célere possível, por equipe técnica especializada e imparcial, se a falha objetiva quanto à correta individualização do arquivo LOG com o número de identificação da urna gera qualquer possibilidade – mínima sequer – de ter comprometido a manifestação da vontade do eleitor brasileiro”, diz no documento encaminhado ao TSE.
O PL também afirmou que estender a verificação ao 1º turno é uma “medida açodada”, porque seria necessário incluir no processo todos os candidatos aos cargos disputados em 2022.
Por fim, disse que se a Corte constatar o “mau funcionamento” das urnas no 2º turno, deve adotar “de forma sequencial”, os “efeitos práticos e jurídicos necessários para ambos os turnos das Eleições Gerais de 2022”.