O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou nesta quinta-feira, 9, a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas no país, marcadas para 10 de março do ano seguinte. Essa decisão veio apenas dois dias após a renúncia do primeiro-ministro português, António Costa, membro do Partido Socialista, que estava sob investigação em relação a irregularidades em projetos de exploração de lítio e hidrogênio verde.
O presidente Rebelo de Sousa tomou essa decisão após convocar uma sessão do Conselho de Estado e se reunir com líderes de todos os partidos representados no Parlamento português.
O Partido Social Democrata (PSD), principal partido de oposição em Portugal, e a maioria dos outros partidos apoiaram a realização de novas eleições. No entanto, os socialistas, que detêm a maioria no Parlamento, sugeriram que o presidente nomeasse um novo primeiro-ministro a partir de sua bancada.
Marcelo Rebelo de Sousa justificou a convocação das eleições antecipadas enfatizando a necessidade de “clareza e rumo para superar um vazio inesperado que surpreendeu os portugueses, afeiçoados a oito anos de governo. É essa a forma da democracia: não ter medo do povo”.
A renúncia de António Costa, que liderava Portugal desde 2015, ocorreu em meio a investigações relacionadas a contratos de exploração de lítio e projetos de hidrogênio verde. Essas investigações criaram incertezas políticas em Portugal e culminaram na decisão do presidente de convocar eleições antecipadas para restaurar a estabilidade no país.
As eleições legislativas antecipadas, marcadas para 10 de março de 2023, determinarão o futuro governo de Portugal, e os resultados poderão ter um impacto significativo na trajetória do país nos próximos anos. A democracia portuguesa demonstra sua resiliência ao lidar com desafios políticos e incertezas, seguindo um caminho de participação popular e busca por soluções claras para os cidadãos.