Político chegou a Brasília na noite desta terça para reuniões da transição. Pauta prioritária inclui saída para garantir Auxílio Brasil de R$ 600 e valorização do salário mínimo já em 2023.
G1 – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve cumprir nesta quarta-feira (8) uma série de reuniões com chefes de poderes em Brasília, como parte da fase inicial do governo de transição.
Lula chegou a Brasília na noite desta terça – é a primeira visita à capital federal após o resultado do segundo turno. O presidente eleito já tem gabinete montado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde foram montadas as salas da transição, mas ainda não começou a despachar no local.
Na manhã desta quarta, a agenda prevê que Lula se reúna em separado com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
À tarde, deve se encontrar com dois ministros do Judiciário: a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes.
Percurso pós-eleitoral
Depois que venceu as eleições, Lula tirou um período de descanso na Bahia com a esposa, Rosângela Lula da Silva, a Janja. Após o período sabático, Lula retomou as articulações para a montagem do novo governo em São Paulo.
Durante os encontros, um dos principais temas de discussões deve ser a maneira de abrir espaço no Orçamento de 2023 capaz de bancar promessas do presidente eleito, como a manutenção do Auxilio Brasil em R$ 600, que deve voltar a se chamar Bolsa Família.
Na terça-feira (8), o vice-presidente eleito e coordenador-geral da transição, Geraldo Alckmin (PSB), também desembarcou em Brasília para dar tratativas às tratativas para a montagem da equipe que trabalhará na transição do governo Bolsonaro para o governo Lula.
Alckmin anunciou que os trabalhos terão quatro coordenadorias subordinadas a ele. O ex-ministro Aloizio Mercadante será o coordenador dos grupos técnicos do gabinete. Floriano Pesaro, é o coordenador-executivo. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, coordenará a articulação política do gabinete de transição. Já a futura primeira-dama comandará o planejamento para a posse de Lula.
O presidente eleito Lula deve permanecer em Brasília por dois dias, segundo o ex-ministro Aloizio Mercadante. Já para a próxima semana está prevista a ida de Lula ao Egito para participar da Conferência do Clima organizada pelas Nações Unidas (ONU), a COP 27.
Dois meses de transição
Os trabalhos técnicos de transição de governo acontecem no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), espaço destinado a abrigar a equipe que vai preparar as primeiras medidas a serem adotadas pelo governo do presidente eleito Lula.
Alckmin é o coordenador-geral da equipe de transição. O local, que fica a cerca de sete quilômetros do Palácio do Planalto, abriga transições de governo desde 2002.
Por lei, o futuro governo tem direito a 50 cargos remunerados para a equipe de transição, mas também pode contar com trabalhadores voluntários. O PT estima que mais de 100 pessoas atuarão no CCBB até a posse de Lula, em 1 de janeiro de 2023.
O atual governo montou estrutura no CCBB com gabinetes para Lula, Alckmin e outras 15 autoridades, além de salas de reunião e área de coworking.
Trabalho técnico
A equipe de transição montado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo vice eleito Geraldo Alckmin (PSB) prevê a criação de 31 grupos temáticos para trabalhar nos próximos dois meses.
Segundo a portaria que instituiu o gabinete de transição de governo, os colegiados terão a missão de “debater e produzir subsídios para elaboração de relatório final de transição”.
Os temas vão desde educação e saúde até política para mulheres e povos originários e economia e ciência e tecnologia. Na tarde da terça (8), Geraldo Alckmin também anunciou os membros iniciais de dois dos 31 grupos:
- Economia: André Lara Resende, Guilherme Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida
- Assistência social: Simone Tebet, Márcia Lopes, Tereza Campello e André Quintão