Autoridades ucranianas estimam que mais de 100 mil pessoas ainda estejam presas na cidade, que recebe ataques pesados desde o início da guerra
O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, chamou a situação em Mariupol de “a maior catástrofe humanitária” desde a invasão da Rússia– e talvez a pior catástrofe do século, já que a cidade portuária do sudeste ucraniano enfrenta constante bombardeio das forças russas.
Falando em entrevista coletiva em Washington na sexta-feira (22), Shmyhal disse que milhares de pessoas morreram em Mariupol, acrescentando: “Veremos as terríveis atrocidades quando for libertada dos russos”.
Ele afirmou que as tropas russas estão “destruindo tudo”, incluindo abrigos onde os civis estão refugiados.
Estima-se que 100 mil pessoas permaneçam presas na cidade desde que foi cercada por forças russas, em 1º de março, segundo autoridades ucranianas. Elas também estipulam que mais de 20 mil pessoas morreram durante os ataques na região.
A CNN não pode confirmar esses números de forma independente, pois um número concreto de mortos após semanas de bombardeio pesado não está disponível.
O último reduto da resistência
CNN – Shmyhal pontuou que civis, incluindo mulheres e crianças, estão escondidos na siderúrgica Azovstal, o último reduto dos defensores ucranianos dentro da cidade.
Ele adicionou que o exército russo ainda está cercando a área, e a Ucrânia conversa com parceiros para negociar um corredor de evacuação.
O primeiro-ministro também pediu aos embaixadores de todos os países, incluindo os Estados Unidos, que retornem às suas embaixadas em Kiev.