Prazo foi definido em reunião entre os presidentes partidários com Lula e Alckmin
CNN Brasil – A decisão de marcar o próximo dia 15 como data-limite para resolver impasses estaduais é resultado de um novo encontro entre a presidente do PT, Gleisi Hoffman e Carlos Siqueira, do PSB, em São Paulo. Avaliação de ambos é de que há risco da polarização nacional se refletir nos estados.
Os pré-candidatos do partido à Presidência, Lula e Alckmin, participaram do encontro, mas segundo auxiliares, deverão acompanhar o assunto com um pouco mais de distância, sem fazer pedidos diretos aos pré-candidatos a governo.
Atualmente, pelo menos quatro estados têm dois nomes de esquerda a governo: São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina — onde Lula e Alckmin deveriam pousar nesta semana. Agenda teria sido cancelada, segundo fontes, pelas divergências dos partidos aliados.
“Nós temos que resolver isso de forma sistêmica e integrada. Não tem como resolver um estado e não resolver outro. Nós queremos estar juntos em todos os estados”, disse Gleisi.
O caso mais emblemático é o de São Paulo, com Marcio França, do PSB, e Fernando Haddad, do PT, como pré-candidatos ao Palácio dos Bandeirantes. Uma reunião com França chegou a ser agendada na última quinta-feira para discutir o assunto com Lula e Alckmin. O encontro foi adiado por causa da morte do ex-prefeito de Campinas, o petista Jacó Bittar e ainda não tem nova data.
Carlos Siqueira, presidente do PSB, defende que a saída seja política. França tem sugerido que pesquisas indiquem o caminho. O PT resiste e pretende abrir um leque de opções para França abrir mão da disputa.
“A política é que tem que ter a precedência antes de tudo. Eu pessoalmente nunca defendi ideia de pesquisa. Apoiamos candidatos do PT onde o partido não está em primeiro lugar e achamos também que devemos fazer o que é importante politicamente para fortalecer nossa unidade”, disse Siqueira.
Gleisi e Siqueira acreditam que o assunto pode ser resolvido no diálogo com os pré-candidatos, mas divergem sobre o que fazer caso um candidato decida concorrer contra a vontade dos diretórios nacionais. O estatuto do PT indica que é possível demovê-lo da corrida, o PSB não poderia interferir.