Para senadores petistas, caminhos cogitados pelo presidente do Senado para CPI enfraquecem investigação desejada pela oposição
Metrópoles – Maior bancada de oposição no Senado, o PT se reunirá com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na manhã desta terça-feira (5/7), em busca de um “meio-termo” para a CPI do MEC.
Na visão dos petistas, os atuais caminhos cogitados pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), enfraquecem a investigação sobre o esquema de corrupção na pasta envolvendo pastores evangélicos.
O primeiro caminho avaliado por Pacheco seria unificar a CPI do MEC defendida pela oposição com a CPI sobre obras inacabadas em instituições de ensino durante governos petistas protocolada por governistas.
O segundo caminho seria abrir, ao mesmo tempo e já com a campanha eleitoral iniciada, várias CPIs diferentes no Senado, dentre delas, a do MEC e as defendidas pelo governo de Jair Bolsonaro.
A avaliação no PT é de que essas duas soluções dividem o foco sobre a investigação desejada pela oposição. Por isso, a ideia é conversar com Randolfe para encontrar uma solução diferente.
A intenção dos petistas é definir um meio-termo e levar a sugestão para a reunião de líderes desta terça convocada pelo presidente do Senado para definir o que fazer com os pedidos de CPI.
Este ano, mais da metade dos senadores estará direta ou indiretamente envolvida em uma campanha eleitoral. Um terço dos parlamentares da Casa precisará renovar seus mandatos.
Há ainda os senadores que disputarão governos estaduais e aqueles que não serão candidatos, mas ajudarão a coordenar campanha de aliados no pleito de outubro.