CNN | O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu, neste sábado (26), a responsabilidade fiscal e afirmou que manter o respeito às contas públicas não é “incompatível com avanços sociais”.
“Quem apostar em irresponsabilidade fiscal vai errar”, disse Alckmin, que falou durante debate no Fórum Esfera Brasil, no Guarujá (SP).
O vice de Luiz Inácio Lula da Silva também afirmou que “não pode ter inflação” e reforçou que reforma e simplificação tributárias estarão entre as prioridades do novo governo.
Alckmin, porém, desconversou quando perguntado sobre quem será o ministro da Fazenda – “tudo tem sem tempo; está perto”, disse.
“Cada coisa vem a seu tempo, vamos aguardar um pouquinho. O foco do presidente Lula é o Brasil crescer, atrair investimento, ter renda e melhorar a vida das pessoas.”
Atualmente, crescem as apostas para a indicação do ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para a principal pasta que comanda a política econômica do governo. O nome, porém, como toda a composição ministerial do governo Lula, segue sem ser anunciado.
Responsabilidade fiscal
“Eu não vejo como incompatível você ter responsabilidade fiscal e ter avanços de natureza social. Esse é o grande desafio, como crescer e atrais investimentos e, de outro lado, procurar melhorar a vida dos que sofrem mais”, afirmou Alckmin.
“Um crescimento com estabilidade. Não pode ter inflação, porque ela não é socialmente neutra, ela onera o mais pobre. O crescimento tem que ter sustentabilidade, não pode destruir meio ambiente”, acrescentou.
“Agenda de competividade”
Alckmin voltou a defender uma agenda de competitividade, com educação de qualidade, abertura comercial, reforma tributária com simplificação de impostos, redução do custo de capital e estabilidade econômica para a atração de investimentos.
“O Brasil precisa fazer mais acordos internacionais e procurar se integrar mais à economia do mundo. Se tiver cunha fiscal, vamos reduzir imposto. Queria cumprimentar o presidente (do Banco Central) Campos Neto pelo PIX, que é um sucesso. Podemos avançar muito”, completou.
Saúde
Enquanto o grupo temático (GT) de Saúde do governo de transição pede R$ 22,7 bilhões em recomposição do orçamento do setor em 2023, o vice-presidente eleito, Alckmin, defendeu, no evento, o direcionamento de mais recursos para a área.
“Com a população envelhecendo, mudanças epidemiológicas e medicina mais cara, é evidente que vai precisar de mais recursos (para a Saúde). Governar é escolher”, afirmou.
Alckmin garantiu que não haverá uma “bala de prata” para a economia e defendeu um conjunto de reformas e microrreformas.
“Pequenas reformas que no seu conjunto farão a diferença. Nada como um dia após o outro. Há muita ansiedade, mas não tenho dúvidas de que as coisas terão um rumo muito positivo para o nosso País”, completou.
*Com informações do Estadão Contéudo