Segundo as informações levantadas, o número de pessoas acampadas passou de 300 para 3.800 entre sexta e sábado, um dia antes dos ataques.
O interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, deverá entregar um relatório ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta (27), em que contará com um diagnóstico de todas as informações levantadas sobre os acontecimentos do último dia 8.
O documento vai revelar que na sexta-feira, 6 de janeiro, cerca de 300 pessoas estavam no acampamento em frente ao Exército. No sábado (7), o número saltou para 3.800 pessoas.
Os dados foram levantados pela inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. O relatório deve concluir que o problema não foi falta de informação sobre o agravamento da situação do acampamento em frente ao quartel general, mas falta de ação dos comandantes.
Nesta quarta-feira (25), o Ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou no Estúdio I que a intervenção no Distrito Federal não será prorrogada. A governadora em exercício no Distrito Federal, Celina Leão, anunciou o delegado federal Sandro Avellar como novo secretário de Segurança Pública.
Atos de terrorismo
Em 8 de janeiro, um domingo, bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, em Brasília. Mais de mil pessoas foram detidas nos dias seguintes aos ataques. Eles poderão responder por diversos crimes, entre eles golpe de estado, que prevê até 12 anos de prisão.