Guerra, inflação e crises levam a ressaca de população com governantes de direita e esquerda, populistas ou não
FOLHA S PAULO – Separados por uma semana, os pedidos de renúncia dos líderes de duas das maiores economias da Europa desencadearam instabilidade dentro das fronteiras, elevaram o grau de incerteza em um continente afetado por crises e escancararam um fenômeno global.
O britânico Boris Johnson e o italiano Mario Draghi podem ser os rostos mais em evidência na onda de turbulência política, mas não estão sozinhos. Em meio às consequências da Guerra da Ucrânia, às tentativas de se reerguer da pandemia —que voltou a ter curvas ascendentes—, à inflação e a escândalos de toda sorte, certo mau humor coletivo parece impor um desgaste inefável à popularidade de dirigentes.
Emmanuel Macron, na França, tenta reorganizar os planos de reformas após o pleito legislativo deixar sequelas em sua base na Assembleia Nacional, privando o governo de maioria absoluta. Na Alemanha, Olaf Scholz continua em busca de uma voz que possa preencher o silêncio deixado por Angela Merkel com manobras radicais como a remilitarização e a retomada da energia “suja” a carvão. Joe Biden, nos EUA, vê números cada vez menos simpáticos nas pesquisas. Na América do Sul, até líderes recém-eleitos já têm crises para chamar de suas.
MILÃO
Separados por uma semana, os pedidos de renúncia dos líderes de duas das maiores economias da Europa desencadearam instabilidade dentro das fronteiras, elevaram o grau de incerteza em um continente afetado por crises e escancararam um fenômeno global.
O britânico Boris Johnson e o italiano Mario Draghi podem ser os rostos mais em evidência na onda de turbulência política, mas não estão sozinhos. Em meio às consequências da Guerra da Ucrânia, às tentativas de se reerguer da pandemia —que voltou a ter curvas ascendentes—, à inflação e a escândalos de toda sorte, certo mau humor coletivo parece impor um desgaste inefável à popularidade de dirigentes.
Emmanuel Macron, na França, tenta reorganizar os planos de reformas após o pleito legislativo deixar sequelas em sua base na Assembleia Nacional, privando o governo de maioria absoluta. Na Alemanha, Olaf Scholz continua em busca de uma voz que possa preencher o silêncio deixado por Angela Merkel com manobras radicais como a remilitarização e a retomada da energia “suja” a carvão. Joe Biden, nos EUA, vê números cada vez menos simpáticos nas pesquisas. Na América do Sul, até líderes recém-eleitos já têm crises para chamar de suas.