Segundo as Estatísticas Fiscais do Banco Central, nos últimos 12 meses, o governo geral registrou superávit de R$ 230 bi, chegando a 2,48% PIB
Nesta quarta (31), segundo dados da nota de Estatísticas Fiscais do Banco Central do Brasil (BCB), o governo geral, que é composto pelos governos federais, estaduais e municipais, registrou um superávit acumulado de R$ 230 bilhões durante os últimos 12 meses. Essa valor equivale a 2,48% do PIB do país.
Para um mês de julho, esse foi o melhor resultado acumulado em doze meses desde 2012, quando o número foi de 2,53% do PIB, que na época representou R$ 108 bilhões.
O setor público consolidado brasileiro registrou, em julho deste ano, um superávit primário de R$ 20,4 bilhões, após um déficit de R$ 10,3 bilhões em julho de 2021.
No Governo Central e nos governos regionais, houve superávits de R$20,0 bilhões e de R$1,8 bilhão, respectivamente. Enquanto nas empresas estatais, houve um déficit de R$1,3 bilhão no mês.
A Divida Bruta do Governo Geral (DBGG) caiu a 77,6% do PIB, chegando a R$ 7,2 trilhões em julho de 2022. A DBGG compreende os gastos do Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais. Esse é o menor patamar da divida desde março de 2020, quando foi declarada a pandemia da Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com a redução de 0,4 pontos percentuais registradas no PIB, a dívida pública acumula uma queda de 2,7 p.p. do PIB, só em 2022. Segundo a nota do BC, a “evolução decorreu, principalmente, do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,9 p.p.), dos resgates líquidos de dívida (redução de 0,1 p.p.), e dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.).”.
Os juros nominais do setor público consolidado somaram R$ 42,9 bilhões em julho de 2022, comparados a R$45,1 bilhões em julho de 2021. No acumulado em doze meses até julho, os juros nominais somam R$586,4 bilhões (6,31% do PIB). Nos doze meses até julho de 2021, os juros somavam R$323,5 bilhões (3,94% do PIB).