Em maio de 2021, a média de remuneração era de R$ 2.010. No mesmo período deste ano, houve uma queda significativa e ficou em R$ 1.898
Metrópoles – De acordo com levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, o salário médio de contratados com carteira assinada teve uma queda de 5,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Os dados apontam que a média salarial em maio de 2022 ficou em R$ 1.898, enquanto no ano passado correspondia a R$ 2.010.
Os valores estão corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A pesquisa ainda indica que maio foi o primeiro mês de 2022 em que o salário de admissão foi o menor que o de dezembro de 2021.
Veja a variação dos salários iniciais de trabalhadores com carteira assinada em um ano, segundo o Caged:
- Maio 2021 – R$ 2.011
- Junho 2021 – R$ 2.014
- Julho 2021 – R$ 1.982
- Agosto 2021 – R$ 1.957
- Setembro 2021 – R$ 1.936
- Outubro 2021 – R$ 1.913
- Novembro 2021 – R$ 1.880
- Dezembro 2021 – R$ 1.880
- Janeiro 2022 – R$ 1.994
- Fevereiro 2022 – R$ 1.919
- Março 2022 – R$ 1.901
- Abril 2022 – R$ 1.916
- Maio 2022 – R$ 1.898
No mesmo período de maio, segundo o governo federal, foram criados 277 mil empregos de carteira assinada. No acumulado, o percentual correspondeu à criação de 1,05 milhão de novos postos formais.
Quanto ao setor que empregou trabalhadores com os maiores salários, estiveram: o setor de organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais, pagando aos seus trabalhadores o salarário inicial médio de R$ 5.682; o setor de eletricidade e gás, com salários de R$ 3.944 e, o setor de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, que pagou em média R$ 3.940.
Quanto aos menores salários: os empregados domésticos receberam em média R$ 1.343; o setor de alojamento e alimentação pagou R$ 1.494 e o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, R$ 1.645.
Desemprego
Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,8% no trimestre encerrado em maio – o que corresponde à menor taxa para o período desde 2015, quando o índice registrado foi de 8,3%.
Em relação ao trimestre anterior, de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022, houve queda de 1,4 ponto percentual (p.p.) e, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a redução alcançou 4,9 p.p.
A população desocupada recuou em 1,4 milhão de brasileiros e, agora, é estimada em 10,6 milhões de pessoas – ou seja, a queda é de 11,5% em relação ao trimestre anterior. No ano, registrou-se o índice de 30,2%, equivalente a menos 4,6 milhões de indivíduos desocupados no período.
Já o número de pessoas ocupadas, de 97,5 milhões, é o maior da série histórica, iniciada em 2012. Esse indicador mostrou alta de 2,4% na comparação com o trimestre anterior e de 10,6% na comparação anual. Isso equivale a um aumento de 2,3 milhões de pessoas no trimestre e de 9,4 milhões de ocupados no ano.