O Antagonista | O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (foto), afirmou nesta segunda-feira (24) que seis dos 18 presos na Cracolândia, no final de semana, foram soltos pela Justiça após audiência de custódia.
Em entrevista coletiva, Derrite disse que todos tinham antecedentes criminais e lamentou o “retrabalho” das forças de segurança pública do estado.
“Sem entrar no mérito da decisão do juiz, porque a autoridade judicial tem essa prerrogativa, isso dá uma noção da complexidade. Uma operação policial que leva meses para ser deflagrada, com uso de tecnologia na investigação, um saldo extremamente positivo. Mas dos 18 indivíduos presos, seis deles já receberam o benefício de responder em liberdade”, afirmou.
“Nós sofremos tanto quanto a população, pelo retrabalho que a gente tem que fazer. Nem por isso a gente vai ficar se lamentando […] Todos os presos possuíam antecedentes criminais. Alguns por crimes graves. Mesmo o indivíduo de 22 anos que foi preso pela primeira vez após a maioridade penal, como adolescente infrator, já foi preso pelo crime de roubo qualificado, com prática de violência, inclusive. Ou seja, não tinha nenhum santo”, acrescentou.
Derrite também afirmou que a Secretaria de Segurança Pública do estado está prestes a implementar o uso de tornozeleira eletrônica em investigados por tráfico de drogas na Cracolândia, mas a medida ainda aguarda a assinatura do acordo entre o TJ-SP e o governo do estado para entrar em vigor.
“Em parceria com o Tribunal de Justiça nós estamos implementando o uso de tornozeleira eletrônica. Eles aprovaram agora o acordo de cooperação que vai permitir que a gente fiscalize de maneira mais eficaz. Já temos 200 à disposição que podem começar a ser utilizadas”, disse.