Câmara aprovou texto sem alterações; expectativa é que o mesmo aconteça com os senadores
Nesta terça (10), o plenário do Senado Federal irá se reunir para analisar, a parir das 11h, o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que institui uma intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até o fim de janeiro deste ano.
Ontem (9) o texto foi aprovado sem nenhuma alteração pela Câmara dos Deputados em um sessão extraordinária convocada às pressas após a publicação do decreto.
A tendência é que a aprovação ocorra sem dificuldades no plenário do Senado, assim como aconteceu na Câmara, embora as deputadas Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (SP-DF) tenham apresentado requerimentos que poderiam ter atrasado a votação pelos colegas.
A sessão no Senado será de forma semipresencial, para facilitar a votação de senadores que não estão em Brasília.
O objetivo dos parlamentares é dar uma resposta rápida e reforçar uma imagem de unidade do Congresso contra as ações criminosas.
O Legislativo está de recesso até o início de fevereiro. Logo após os atos, porém, o presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), convocou o Parlamento para funcionar em regime extraordinário.
O relator do decreto na Câmara, deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA), deu parecer favorável ao texto exatamente como foi escrito pelo presidente Lula.
“Convencido de que tal medida, do ponto de vista da segurança pública, é amarga, mas necessária e proporcional, em face dos fatos tão graves ocorridos, nunca antes presenciados por esta nação, acredito que recuperaremos o controle da ordem pública no Distrito Federal”, escreveu Junior.