O presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta terça-feira (29) que a empresa não pode fazer políticas partidárias.
“[A Petrobras] tem responsabilidade social? Tem. Pode fazer políticas públicas? Não. Políticas partidárias, menos ainda”, disse Silva e Luna. A declaração ocorreu durante uma palestra na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Justiça Militar da União (Enajum), em Brasília.
Na ocasião, Silva e Luna também ressaltou que “não tem lugar para aventureiro” na empresa. Ele foi demitido na última segunda-feira (28), após a alta no preço dos combustíveis, mas fica à frente da Petrobrás até o início de abril, quando o conselho deve se reunir para indicar o próximo presidente.
O governo federal oficializou a indicação do economista Adriano José Pires Rodrigues, especialista do setor de óleo e gás, para suceder o militar. Esta é a segunda troca na petroleira em um ano. O motivo da mudança são as queixas de Bolsonaro sobre as altas nos preços dos combustíveis.
Em 10 de março, a Petrobras anunciou mega-aumento no valor dos combustíveis nas refinarias — alta de 18,8% na gasolina e 24,9% no diesel. Desde a nova cobrança, o presidente Jair Bolsonaro tece críticas à Petrobras.O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o custo médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.