Buscas se concentram na costa sul de São Sebastião, cidade mais afetada pelo temporal que devastou a região. Cerca de 30 pessoas ainda estão desparecidas.
Enquanto equipes de resgate prosseguem com os trabalhos no Litoral Norte de São Paulo, os números de mortos pela tragédia causada pelas fortes chuvas chegam a 54 nesta sexta (24). Segundo a Defesa Civil, foram 53 mortes em São Sebastião e mais uma em Ubatuba.
Nesta manhã, o coronel Henguel Pereira, da Defesa Civil, informou que, com as buscas ao longo da madrugada, o número de mortos subiu para 54.
Segundo o governo estadual, 38 corpos já foram identificados e liberados para o sepultamento. As vítimas 13 homens adultos, 12 mulheres adultas e 13 crianças. Os demais ainda aguardam perícia e identificação.
Seis dias após a tragédia, há ainda dezenas de desaparecidos. Na última divulgação do governo estadual, cerca de 30 pessoas estavam desaparecidas. De acordo com a Defesa Civil, há mais de 4 mil desalojados ou desabrigados.
Bombeiros, agentes da Defesa Civil e voluntários seguem com as buscas de forma ininterrupta, ao longo da madrugada. A ação é reduzida ao longo da noite e pela manhã, a equipe é reforçada.
Os trabalhos de buscas acontecem especialmente em bairros da costa sul da cidade de São Sebastião, como a Vila Sahy, área que concentra a maioria das vítimas da tragédia, e Juquehy.
Alertas
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o aviso de desastre por SMS, como o feito para os moradores de São Sebastião antes dos deslizamentos, não são efetivos. o governador ainda informou que vai instalar sirenes nas áreas de risco em São Paulo.
O g1 havia revelado que o governo de São Paulo e a prefeitura sabiam da tragédia dois dias antes, mas que avisaram apenas por SMS. Foram enviadas 34 mil mensagens para pessoas cadastradas na plataforma estadual antes da tragédia em todo o Litoral Norte — a região tem 288 mil habitantes.
Ao longo do dia da tragédia, os moradores cadastrados receberam mensagens, mas nenhuma delas mostrava a dimensão, não citando os deslizamentos. Além disso, algumas das áreas atingidas, já na noite de sábado (18), enquanto eram disparadas as mensagens, não tinham sinal de telefonia ou internet.