Após o telefonema do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, ao Palácio do Planalto, os aliados do presidente avaliam o ato como uma pressão por uma posição mais firme de Jair Bolsonaro (PL) sobre a invasão russa à Ucrânia.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (4), pelo blog do jornalista Gerson Camarotti, no portal G1, que afirma que o Johnson foi o primeiro grande líder a ligar para Bolsonaro desde o início da guerra.
O jornalista afirma ainda que a divulgação da conversa, feita pelo governo britânico, foi vista como um movimento nesse sentido. Segundo ele, no telefonema o primeiro-ministro do Reino Unido disse ao presidente Bolsonoaro que as ações do governo de Vladimir Putin na invasão da Ucrânia foram “repugnantes”, e que o mundo não pode permitir o êxito das agressões promovidas pela Rússia.
Informações dão conta de que Bolsonaro e Johnson concordam em pedir um cessar-fogo urgente na Ucrânia.
Por fim, Camarotti avalia que o silêncio do Palácio do Planalto em relação ao telefonema foi considerado simbólico por assessores do governo e evidencia um desconforto de Bolsonaro com a situação.
A menção feita pelo governo brasileiro, até aqui, ao telefonema, é que a agenda oficial de Bolsonaro foi atualizada retroativamente para informar que, entre 14h45 e 15h15 desta quinta, ele teve a conversa com Johnson.
Diplomatas de países da Europa que estão em missão em Brasília ouvidos pelo blog avaliam um movimento errático do Brasil nesta crise internacional.