Apuração paralela será possível por meio de ferramenta disponível na internet
Após informações de um acordo entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as Forças Armadas para que houvesse uma apuração paralela dos votos nas eleições de outubro, o TSE negou a existência de tal acordo e que as Forças Armadas não terão “acesso diferenciado em tempo real” aos dados da apuração dos votos na eleição.
Qualquer pessoa já poderia fazer uma apuração paralela através dos boletins de urnas (BUs), que são emitidos após o fim da votação. Para este ano, o processo será facilitado, pois serão disponibilizados pela internet. Até as últimas eleições, os boletins eram afixados nas sessões de votação.
“O TSE reitera informação amplamente divulgada em junho passado sobre a contagem de votos, a partir da somatória dos BUs, ser possível há várias eleições e que para o pleito deste ano, foi implementada a novidade de publicação dos boletins de urnas pela rede mundial de computadores, após o encerramento da votação para acesso amplo e irrestrito de todas as entidades fiscalizadoras e do público em geral”, diz o TSE em nota.
O TSE disse que não houve nenhuma alteração em relação ao definido no semestre passado, que outras entidades fiscalizadoras não terão acesso diferenciado. A totalização dos votos, destacou “é competência constitucional da Justiça Eleitoral”. Disse ainda que qualquer pessoa interessada poderá somar por conta próprias os BUs “de uma, de dez, de trezentas ou de todas as urnas”.
Em junho, em nota, o TSE já tinha dito que a contagem simultânea de votos era possível, por meio dos arquivos dos BUs, que “correspondem efetivamente os resultados de cada seção eleitoral, disponibilizados em seu formato original”, ou seja, sem terem sido processados. Sua autenticidade, informo a Corte, é assegurada po meio de verificação de assinaturas digitais. A própria Justiça Eleitoral fez o aplicativo “BU na Mão” para ajudar nisso.
“Todas as medidas voltadas para garantir ainda mais transparência e segurança nas Eleições 2022 vêm sendo amplamente divulgadas pelo Portal do TSE e pela imprensa, o que leva a crer que questionamentos sobre o assunto acontecem apenas por desconhecimento técnico ou por motivações políticas”, diz trecho da nota de junho.