A novidade para este ano é a adoção da biometria, que foi uma das reivindicações do Ministério da Defesa
Na manhã desta quinta (15), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizará uma simulação de como funcionará o projeto-piloto com biometria que será adotado no teste de integridade das urnas eletrônicas para as eleições deste ano.
Desde 2002 ocorrem os testes de integridade, que é feito para verificar a confiabilidade das urnas e sempre ocorrem após o encerramento do pleito. A partir deste ano, a etapa experimental com biometria também será incluída. Ela foi aprovada pelo TSE na última terça (13).
A adoção deste projeto-piloto partiu de uma sugestão do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, após questionamentos das Forças Armadas sobre a confiabilidade de todo o processo eleitoral brasileiro.
Teste de integridade
Após o fim de toda eleição, urnas eletrônicas selecionadas são levadas às sedes dos tribunais regionais eleitorais para uma simulação do processo de votação, seguindo o rito de uma seção eleitoral, com emissão de zerésima e impressão de boletim de urna.
Para realizar a testagem, funcionários da Justiça Eleitoral digitam nas urnas os números que constam em cédulas previamente preenchidas, simulando votos. Em paralelo, os números das cédulas são computados em um outro sistema, para que se possa verificar se os números da cédula corresponde ao resultado da urna.
Todo o processo é filmado e conta com a participação de entidades fiscalizadoras. Alguns TREs transmitem o teste pelo YouTube.
Desde 2002, quando o teste de integridade começou a ser realizado, nenhuma irregularidade foi constatada nas urnas eletrônicas.
Neste ano, o TSE aumentou a quantidade de urnas submetidas ao teste de integridade de 100 para 640. Entre elas, 64 passarão pelo projeto-piloto com biometria.
Preenchimento das cédulas
O preenchimento das cédulas que serão utilizadas no teste de integridade acontece até a próxima sexta-feira (16). Podem participar partidos, coligações partidárias e federações.
Os representantes da comissão de auditoria eletrônica dos tribunais regionais eleitorais são os responsáveis por atender os interessados em acompanhar a auditoria.
A biometria
Durante a votação, alguns eleitores serão convidados a participar do projeto-piloto, que ocorrerá em um local diferente da seção eleitoral, após o fim do pleito. A participação será voluntária. O eleitor poderá recusar o convite.
O eleitor voluntário não participará de nenhuma etapa da verificação dos votos, apenas emprestará sua biometria para a verificação dos votos.
O TSE esclarece que o voluntário não fará “um segundo voto” e que a biometria servirá apenas para “destravar” as urnas que serão testadas.
De acordo com os técnicos das Forças Armadas, a participação dos eleitores é fundamental para garantir maior segurança do sistema de votação.
Após a biometria do eleitor ser inserida, o teste de integridade segue o modelo usado pelo TSE desde 2002. O resultado do projeto-piloto não afetará a checagem tradicional da Corte.
Durante a simulação desta quinta-feira (15) o TSE dará mais detalhes sobre o processo.