Foram 3 óbitos registrados neste domingo (17), segundo dados oficiais. Cidade se tornou epicentro do maior surto da China desde que o vírus foi identificado pela primeira vez em Wuhan no final de 2019.
G1 – Xangai, na China, registrou 3 mortes por Covid neste domingo (17), as primeiras desde o surto recente de contágio em que a cidade se encontra, de acordo com autoridades chinesas. Após a alta nos casos no início de abril, a prefeitura passou a adotar um regime de lockdown severo, com 25 milhões de pessoas confinadas em suas casas.
Maior cidade chinesa e importante centro financeiro, Xangai está em sua terceira semana de confinamento obrigatório de milhões de pessoas, o que tem causado polêmica entre moradores.
Um documento emitido pelo comitê de saúde da cidade informou que as vítimas tinham entre 89 e 91 anos de idade, tinham comorbidades e não estavam vacinadas, segundo a BBC.
Sem contar essas vítimas, os registros apontam que a China teve 4.638 mortes por Covid na pandemia, apenas 7 delas em Xangai, segundo o site Our World in Data. Os novos registros levam a cidade agora a 10 óbitos pela doença.
Desde o dia 10 de março, as autoridades locais realizaram mais de 200 milhões de testes para a doença na cidade, em uma tentativa de controlar o maior surto de Covid visto na China desde a descoberta do vírus em 2019.
Neste domingo, Xangai registrou 19.831 novos casos assintomáticos e 2.417 sintomáticos, segundo dados oficiais. Na véspera, foram 21.582 assintomáticos e 3.238 sintomáticos.
Possível alívio ao confinamento
A cidade de Xangai estabeleceu uma meta para impedir a propagação da Covid-19 fora das áreas em quarentena até quarta-feira (20), disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto, o que permitirá à cidade aliviar seu confinamento e começar a retornar à vida normal à medida em que cresce a frustração da população com o cerco.
A meta exigirá que as autoridades acelerem os testes de Covid-19 e a transferência de casos positivos para os centros de quarentena, de acordo com discurso de um membro local do Partido Comunista no sábado, cuja cópia foi vista pela Reuters.
Xangai se tornou o epicentro do maior surto da China desde que o vírus foi identificado pela primeira vez em Wuhan no final de 2019 e registrou mais de 320 mil infecções por Covid-19 desde o início de março, quando a onda teve início.
Os moradores de Xangai, frustrados com o cerco, usaram as mídias sociais para desabafar com as autoridades locais por dificuldades na obtenção de alimentos, perda de renda, separação entre familiares e más condições nos centros de quarentena. As tensões geraram alguns protestos e brigas com a polícia.
A nova meta de Xangai de “Covid-zero em transmissões comunitárias” até 20 de abril foi comunicada nos últimos dias aos quadros do Partido Comunista da cidade e a organizações como escolas, segundo as fontes, que se recusaram a ser identificadas porque a informação não é pública.